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AÇÕES: Como Investir?

Por Guilherme Ruviaro Fração*,
em 15/01/2020

O ano de 2019 entrou para a história como sendo o de maior ingresso de pessoas físicas no mercado de ações brasileiro, foram mais de 865 mil novas contas ativas, o que representou um aumento de 106,41% na base. Mesmo assim, o número total de brasileiros expostos diretamente ao mercado de ações ainda é muito pequeno, representa em torno de 0,8% da população, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, representa mais de 50%. Claramente, mas não apenas, este movimento foi influenciado pela queda da taxa básica de juros (SELIC), pelo aumento significativo da confiança do poupador no novo governo e pelo recente movimento de alta do IBOVESPA que gerou um ciclo virtuoso de novos entrantes. Este novo ambiente de negócios, sem dúvida, é benéfico de forma geral, porém abre questionamento sobre qual a forma mais eficiente do investidor obter retorno no mercado acionário. Na média, seria melhor o investidor escolher quais as empresas ele deve comprar para sua carteira ou talvez tenha mais retorno comprando cotas de um fundo de investimento em ações?

Vamos analisar a primeira hipótese, investir diretamente em ações. É inegável que este mercado é muito sedutor, seja porque é inclusivo em algumas rodas de amigos, porque realmente pode proporcionar ganhos (e perdas!) muito relevantes ou mesmo pelo jogo de luzes das telas dos operadores que acabam por se assemelhar aos mais tradicionais cassinos do mundo (e esta é a única semelhança com este negócio). Esta característica de sedução somada à desinformação resulta em fazer com que pessoas aventurem suas economias comprando ações baseados em dicas de amigos, carteiras recomendadas por instituições financeiras, especialistas ou qualquer outro tipo de “guru” de investimento, tão famosos na era das redes sociais. Investir diretamente em ações também torna-se bem atrativo quando o mercado está em alta, pois com a maior parte das ações subindo fica mais fácil acertar. Até a carteira do “Macaco Zé” (@monkeystocks), onde um macaco escolhe aleatoriamente as ações, bate recordes de retorno… Sendo assim, o processo de investimento (e é isto o que interessa!) na maioria das vezes não é profissional e muitas vezes conflitante. Evidentemente existem investidores pessoa física que operam neste mercado de forma profissional, que realmente analisam as empresas, dedicam a maior parte do seu tempo a comprar e vender ações e que assumem a responsabilidade dos prejuízos ou lucros.

Por outro lado, analisando a segunda hipótese, vários fundos de investimento em ações possuem equipes altamente especializadas em seus mercados, extremamente bem informadas, trabalhando dia e noite apenas com o propósito de valorizar a cota dos seus fundos. Além disso, os órgãos reguladores, os administradores e os custodiantes impõem uma série de regras e controles, limitam as exposições de acordo com o regulamento de cada fundo e restringem a atuação dos aventureiros.

Sendo assim, qual das duas partes (investidor pessoa física x fundos de investimento em ações) está melhor posicionada para competir neste mercado? Ou ainda, o que é que está implícito na decisão de uma pessoa física em montar sua própria carteira? Está implícito que na opinião dela o seu trabalho sozinho será mais competente do que contratar através da taxa de administração o trabalho de toda uma equipe especializada focada em valorizar a cota do seu fundo. Será que isso é verdade? A nossa experiência mostra claramente que, na média, um investimento feito em fundos traz um retorno mais adequado ao risco do que uma carteira de ações montada por uma pessoa física e que o mais relevante para o investimento no longo prazo é que cada investidor defina limites de exposição em cada classe de ativo, fazendo constantemente o rebalanceamento da carteira.

É muito importante ressaltar que, como em qualquer mercado, existem tipos diferentes de fundos de ações e também os bons e os maus players desse mercado, ou seja, a escolha correta de qual fundo de investimento deve ser comprado e qual deve ser evitado dependendo do perfil de cada investidor é essencial. Por isso, buscar a ajuda de um profissional que trabalhe ao seu lado para fazer esta escolha aumenta de forma significativa a chance de acertos!

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