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AS 11 GRANDES ARMADILHAS PARA O CRESCIMENTO DO SEU PATRIMÔNIO

Por Marcos Fritzen e Carlos Eduardo Schuch*,
em 10/12/2019

Você sabe quais são as grandes armadilhas para o crescimento do seu patrimônio? Você sabe o que são investimentos tóxicos e quais são eles?

1. Pirâmides financeiras

As pirâmides financeiras, sem dúvida, são os principais investimentos tóxicos que existem. Basicamente, quem bota dinheiro em pirâmide ou é um ingênuo que acredita em magia ou um esperto que acha que pode sair antes da pirâmide desmoronar e ganhar um bom dinheiro às custas de outros patos (usando a expressão do nosso Ministro da Economia). Ao final, depois que desmorona a pirâmide, todos se intitulam VÍTIMAS.

A pirâmide é um caso clássico que alia desinformação e ganância. Apesar de ser muito fácil reconhecer uma pirâmide, não interessa em que segmento, as pessoas ignoram o fato. A ganância fala mais alto!

Como reconhecer uma pirâmide, seja ela de selos, de boi gordo, de avestruz, de telecom, de cosméticos, de criptomoeda ou qualquer coisa? Basta você encontrar a combinação de “retorno alto” e “garantido” ou “sem risco”. Esta combinação NÃO EXISTE EM NADA, NO MUNDO, NA ECONOMIA E NA NATUREZA. É fake!

Quando estoura, a pirâmide leva 100% do seu dinheiro, a ganância vira vergonha e muitas vezes raiva. E você ainda gastará mais dinheiro com um advogado com a esperança de ver de volta o seu dinheiro.

Quer saber um pouco mais sobre pirâmides? Procure na Internet textos sobre “Esquema Ponzi”. Charles Ponzi foi um italiano que montou a primeira pirâmide do mundo, em 1910, em Nova York, cujo investimento era em selos. No wikipedia tem um texto bacana sobre o assunto: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_Ponzi

2. Caderneta de poupança

O brasileiro tem mais de R$ 800 bilhões investidos em Poupança. Um investimento que rende 70% do CDI, limitado a 6% ao ano. Quando o CDI era alto, investir em poupança e ganhar 70% do CDI (limitado a 6%) não era nada. Com o CDI baixo, ganhar 70% do CDI não é nada. Não rede nem inflação.

Ou seja, investir em poupança é CERTEZA de que seu patrimônio crescerá menos que a inflação.

Mas ora, se é tão ruim, por que tem R$ 800 bilhões investidos?

– O primeiro motivo é a tradição. A poupança é um produto super antigo, cuja origem remete ao Período Imperial, quando foi fundada a Caixa Econômica Federal. Antigamente, era um produto garantido pelo Império/Governo. Atualmente, nem caderneta é mais. É apenas um depósito de poupança, que pode ser vendido por qualquer instituição financeira com autorização no Banco Central. Tem a mesma garantia de um CDB desta instituição e não tem mais a garantia do Governo Federal. Do ponto de vista de risco, CDB tem tanto risco quanto Poupança.

– O segundo motivo é a falta de educação financeira das pessoas, que refutam outras alternativas simplesmente por desconhecer. Conceitualmente, tudo que é desconhecido torna-se arriscado. Não interessa se a alternativa desconhecida é um Título Público Federal pós-fixado, este sim garantido pelo Governo Federal.

– O terceiro motivo são as políticas públicas e os incentivos privados. Os bancos tem incentivo para oferecer poupança como “investimento” porque o recurso captado vai, preponderantemente, para crédito rural ou crédito imobiliário (atendendo a política pública). O cliente tomador destes créditos, que possuem juros baixos, torna-se um cliente fiel para o banco, aumentando o seu lucro (incentivo privado).

No melhor cenário a Poupança vai render 70% do CDI, sempre limitado a 6% ao ano. Não interessa se o juro subir para 10%, para 15% ou 20%… no máximo, seus investimentos renderão 6%.

3. Certificado de Operações Estruturadas (COE)

O COE… Tão popular nas plataformas de investimento. Difícil encontrar um cliente de uma Assessoria de Investimentos (leia-se Agênte Autônomo) que não possui um “coezinho” na carteira.

O COE é aquela promessa que soa como música no ouvido do investidor que tem medo do risco de mercado. Isto porque ele embute possibilidades de ganhos que parecem ser interessantes, sem risco aparente de perda de capital. Os tais dos COE com capital protegido. Todos os COE são emitidos por uma instituição financeiro, e, além do risco de crédito do emissor, possuem o risco da estrutura.

No entanto, o próprio site da Bolsa (B3) mostra que existem mais de 50 estratégias associadas a COEs, com nomes muito bacanas. Por sorte, o mercado não é muito grande, em torno de R$ 20 bi em COE registrados na B3.

Apesar de na maioria das vezes o COE ser uma furada, esse tipo de operação pode ser estruturada diretamente com a tesouraria e com alguma estratégia específica escolhida pelo investidor, mas isso fica restrito a operações específicas e geralmente de valores mais altos, acima de R$ 1 milhão.

Qual o grande problema do COE?

  • Liquidez: as proteções dos COE só funcionam nas datas de referência. Portanto, além de difícil se desfazer da posição no mercado, as proteções se anulam se desfeitas antes do prazo. Lembrando que é quase impossível você saber qual o valor justo do seu investimento caso for vender, pois as estruturas que estão dentro de um COE geralmente são exóticas. Assim, se você precisar vender seu COE antes do vencimento, a tesouraria que comprar vai adorar, pois ganhará um spread gigante em cima do cliente.
  • Custo: a estrutura de custos do COE não é transparente. Logo, a tesouraria que estrutura pode embutir spreads entre 10% e 20% sobre o valor do investimento sem o investidor perceber. E, com isso, consegue pagar boas comissões para quem vende o COE, além de ficar com um bom pedaço para si. Sabe quem paga esses custos no final: o seu patrimônio!

4. Debêntures Incentivadas

Que beleza, investir no longo prazo com isenção de Imposto de Renda!

As debêntures incentivadas nasceram em 2012. Sabe para que? Para as empresas captarem dinheiro mais barato no mercado para financiar projetos de infraestrutura. Até aí ok, tudo certo: o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura. Estes ativos se tornaram mais populares quando o BNDES saiu de cena e parou de dar dinheiro subsidiado. Aí as empresas, auxiliadas por bancos de investimento, começaram a emitir com mais frequências estas dívidas. Hoje, são perto de R$ 80 bilhões emitidos.

Mas qual o problema de ajudar a financiar a infraestrutura do país? Afinal, é bom para o desenvolvimento, certo?

Sim, é bom para a economia brasileira! Mas e para o seu patrimônio, também?

Bom, para começar, debêntures incentivadas são dívidas de longuíssimo prazo. Quando emitidas, geralmente vencem entre 10 e 15 anos. Ou seja, no melhor dos cenários, se você investir numa emissão hoje, até vencer seu investimento, terão sido empossados 2 novos presidentes da República. Você concorda que muita coisa pode mudar no meio deste caminho? Além disso, se o prazo médio de vencimento da dívida do Governo Brasileiro, o menor risco de crédito do Brasil, é 5 anos, por que uma pessoa física vai financiar uma empresa por 10 anos, para ganhar 0,50% ou 1% a mais do que emprestando pro Governo. Por este spread, vale mais a pena emprestar para o Governo.

Em segundo lugar, investidores profissionais, como fundos de crédito ou bancos, compram muito pouco em crédito com este perfil de prazo. Ou seja, se investidores que tem acesso a muito mais informações, tem muito mais conhecimento que uma pessoa física, não gostam de comprar estas dívidas de 10 anos, por que você, investidor, compra? Sozinho, mal tem condições de dizer o setor de atuação da empresa que emitiu a debênture. Que dirá acompanhar a saúde financeira da empresa. Está aí o case de Rodovias do Tietê para citar um exemplo. Outros virão.

Em terceiro lugar, tanto na hora que você compra quanto na hora que você vende, vai facilmente deixar entre 5 e 10% para a corretora, que tem na tesouraria dela a fonte de liquidez para o mercado. A tesouraria compra de uma pessoa física e vende para outra. Experimente vender fora deste ambiente para ver se encontrará liquidez.

Por fim, nem sempre é ruim investir em debêntures incentivadas. Eventualmente, poderão surgir oportunidades no mercado secundário – quando faltar 2,3… 5 anos para vencer – que possam valer a pena. Mas fique atento com o risco de crédito e o spread que você vai pagar.

5. Comprar imóveis no lançamento para investir

Você já parou para pensar quanto uma incorporadora gasta em marketing para vender o seu mais novo lançamento? Stand de vendas, “cenário” de um apartamento decorado, propagandas em rádio, jornais, redes sociais, corretores ligando constantemente anunciando a “oportunidade única de investimento”.

Tudo isto custa dinheiro. E, basicamente, numa incorporação existem alguns investidores que entraram antes que você. Entre eles:

1º) O “terrenista” (dono do terreno), que pode ter vendido para a incorporadora ou que trocou por área construída e enquanto a obra anda segue com a garantia do terreno.

2º) O investidor que entra antes do registro da incorporação e ajuda a incorporadora nos custos iniciais.

3º) Os sócios da Sociedade de Propósito Específico – SPE – que vão investir junto com a incorporadora na obra.

4º) Os investidores que entram no pré-lançamento, que geralmente ocorre quando a incorporação está sendo registrada.

Depois disso, a “oportunidade” chega até você, através de um corretor. Você concorda que o investidor de lançamento imobiliário, já é o quinto da fila para ganhar dinheiro? E que, muito provavelmente, os 4 anteriores estão fazendo o retorno deles em cima do seu patrimônio? Além disso, os 4 anteriores já montaram todas as estruturas para minimizar seu risco caso ocorra algum problema na obra. Resta para você, para reduzir risco, postergar o pagamento da aquisição.

Fique de olhos bem abertos! Geralmente, INVESTIR em imóveis no lançamento é muito caro. Geralmente, vale mais a pena comprar um imóvel já pronto, usado, que pagará muito menos. Se o seu objetivo é comprar para morar ou montar seu escritório, é outra história…

6. Emprestar dinheiro para amigo com juros esperando que ele volte

Emprestar dinheiro já é arriscado. Para amigo, então, é um negócio sem qualquer tipo de retorno. O problema começa quando o amigo pede dinheiro. Geralmente, pede porque está com problemas. Aí, a relação de amizade faz com que a confiança substitua qualquer avaliação racional e lógica do empréstimo. Formalismos no empréstimo então, coisa de burocrata.

São muito raros os casos do dinheiro emprestado ao amigo que volta. E, quando não volta, a relação de amizade de anos ou décadas foi pro espaço e o seu dinheiro também.

Aí, você se depara com um dos cenários:

  • Destrói por completo a amizade e trata de cobrar o amigo pelo que lhe deve.
  • Mantém a relação de amizade (abalada) e nunca mais vê o seu dinheiro.

No segundo cenário, o pior ainda está por vir, quando ver o amigo algum tempo depois cruzando por você, contando do novo carro que comprou, da viagem que fez e nem se lembra mais que deve um dinheiro para você. Ai, neste momento, você percebe que este amigo não era tão amigo.

O melhor é que nunca um amigo peça dinheiro emprestado. Se pedir, o ideal para não perder a amizade é que você empreste pouco dinheiro, e de preferência com caráter de doação.

7. Títulos de Capitalização

Nossa, isto nem deveria ser considerado investimento. Mas em muitos bancos que vendem ainda tratam como tal. Típico pega ratão.

Debitam todo mês um valor da sua conta, para você participar de sorteios, com a esperança de ganhar um dinheiro bacana, e no final lhe devolvem quase nada. Ai quando você entende a mecânica e resolve sair no meio do caminho, melhor ainda, ganham mais dinheiro.

Alguns números do setor, divulgados pela Fenacap, referentes ao primeiro semestre de 2019:

  • R$ 30 bilhões em reservas de capitalização (ou seja, este é o valor investido pelos clientes).
  • 17 milhões de patos (opa, clientes…).
  • R$ 11 bilhões de receita para as empresas em 6 meses!. De onde você acha que veio esta receita? Do seu dinheiro mal investido.
  • Pagou R$ 570 milhões em prêmios, ou seja, menos 5% do que foi arrecadado por quem vende.

8. Seguros de Vida Disfarçados de Previdência

Nos últimos anos, proliferaram no Brasil os seguros resgatáveis. Movimento liderado por uma seguradora, que criou um discurso de vendas e um exército bem treinado para abordar as pessoas e tocar em suas fragilidades e emoções de maneira maestral, para fechar uma venda perfeita (para a seguradora). Não à toa, esta seguradora já opera há mais de séculos e é possível encontrar vídeos seus na internet sobre experimentos relacionados ao vieses comportamentais humanos, realizados nos anos 60.

Por que os seguros resgatáveis são uma armadilha? A analogia mais simples que gostamos de usar é a seguinte: são uma armadilha porque você compra um Jetta (carro da Volkswagen) e paga o preço de uma C-300 (carro da Mercedes Benz). Ambos são bons carros. Tem conforto, bom motor, marcas de boa reputação, etc. Mas um Jetta não é uma C-300. Simples assim!

Ao misturar dois produtos em um combo, diferente dos combos no setor de telecom, as empresas ofuscaram o custo de cada produto. Com isto, cobram muito mais no prêmio do seguro e remuneram muito menos a parcela que fica direcionada à previdência. Faz muito mais sentido comprar os produtos separadamente.

Boa parte deste custo embutido vai para os vendedores destes produtos, que recebem comissões gordas em cada venda (adiantadas). Está aí o grande incentivo a convencer alguém de colocar dinheiro nestes produtos.

Já fizemos diversas contas para clientes. Em média, se você comprar um seguro de vida e fizer investimentos separadamente, ao final de 10 anos, por exemplo, seu dinheiro valerá 500% mais do que comprar o combo.

9. Seguros Disfarçados de Investimentos no Exterior

Outra modalidade que combina seguros e investimentos. Só que, desta vez, envolvendo ainda outras jurisdições.

Novamente, este produto prolifera através de uma rede de vendedores que recebem comissões altas.

O exemplo que mais nos deparamos atualmente é de uma empresa que vende planos de investimento. A empresa tem jurisdições em Porto Rico, Malásia e ilhas Cayman.  

Aqui no Brasil, tipicamente vende planos de investimento com seguro, permitindo débitos mensais no cartão de crédito. Ou seja, trata-se de uma compra internacional, que lhe custa 6,38% de IOF mais um spread no cambio. Já é uma operação duvidosa, uma vez que na prática o que ocorre é uma remessa internacional de divisas, que tem outra regulação pelo Banco Central.

Em segundo lugar, o seguro é basicamente o saldo que você tem na conta lá. E você ainda paga por isso. A única vantagem: eles transferirão o dinheiro para o nome do seu beneficiário na empresa caso você venha á óbito.

Em terceiro lugar, mesmo os planos de investimento mais conservadores custam entre 2,5% e 3% ao ano. No mundo desenvolvido, os juros estão abaixo de 2% ao ano. Até negativos. Esta taxa é mais ou menos como pagar 7% ao ano num fundo aqui no Brasil. Um absurdo!

Em quarto lugar, se você sair antes do prazo, pagará um pênalti.

Em quinto lugar, pela lei complementar n. 126, de 15 de janeiro de 2007, um residente brasileiro poderia contratar seguro no exterior em casos muito específicos ou não haja um seguro semelhante no Brasil.

Por fim, se algum problema acontecer, é difícil saber a quem recorrer para resolver. Não existe muita informação pública sobre as empresas nem sobre quem trabalha lá. Como os investimentos estão em 2 ou 3 jurisdições diferentes, é difícil saber até qual Governo pode ajudar em caso de problemas.

Combo de seguros com investimentos no exterior são duvidosos. Defendemos a diversificação internacional, feita da maneira correta e com parceiros sólidos.

Para mais informações sobre seguros no exterior, acesse o site da Susep:

http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/orientacao-ao-consumidor/contratacao-de-seguros-no-exterior

10. Investir em Fundos com Taxas de Administração Alta

Qualquer fundo hoje que cobra taxa de administração maior que 2,5% ao ano é consenso que está afanando dinheiro do cliente. Acima de 2,5% ao ano, fuja, sem olhar para trás!

E fundos que cobram até 2,5% são ruins? Ai a resposta é: depende.

Em renda fixa, 1% hoje em dia já está muito alto. Mais do que isso, foge… Tem muita opção melhor no mercado. Pense o seguinte: hoje o CDI está em 5% ao ano. Se um fundo cobra 1%, sem correr risco, ele vai lhe entregar 80% do CDI, bruto. Os 5% viram 4%.

Se este fundo tem o objetivo de superar o CDI, então, em média, o gestor precisa acrescentar – no mínimo – 1% de retorno com risco. Na renda fixa, para fazer isto, ele precisa emprestar dinheiro para tomadores privados (Bancos, empresas), aumentar o prazo dos empréstimos (duration) ou trocar indexadores, de pós (CDI), para prefixado ou prefixado + IPCA. Não que isto seja ruim, mas para o brasileiro, que está acostumado a uma renda fixa sem solavancos, é uma quebra de paradigma.

No caso de um fundo multimercado ou fundo de ações, o padrão é cobrar 2%. Isto vale para uma gestora que começou hoje ou para uma gestora com décadas de história. No entanto, gestoras mais antigas, com êxito em 10, 15 anos, não pagam ou pagam pouco rebate. Gestoras mais novas pagam bastante rebate.  E, apesar de cobrarem 2%, e razoável que 0,5% a 1,5% fiquem na mão de quem vende estes fundos, contando estórias lindas. Assim, na verdade, este gestor fica com um pedaço menor da receita, o que é razoável para um novo player. E, quem ganha boa parte da remuneração é quem vende. Ou seja, no fim o gestor tem que trabalhar assumindo mais risco com o seu dinheiro, para remunerar o trabalho dele e o do vendedor. Sai do seu bolso 2%, mas poucos vão conseguir retornar com consistência.

Nos Estados Unidos, as taxas altas e a média de retornos pífios de fundos ativos viabilizou a explosão dos fundos passivos (ETFs), que replicam índices de mercado e cobram muito pouco. No Brasil, existem poucos ETFs ainda.

11. Day trade

Já estamos no 4º ano seguido de mercado de ações quente. Em 2019 entraram na bolsa 800 mil novos CPFs. O Brasil ainda tem poucos investidores em Bolsa, mas para dar uma ideia da “explosão” da bolsa, de 1890 até 2018 o estoque era de 800 mil investidores. Todos querem entrar nesta onda.

Em mercados de alta, muitos entram na bolsa para operar day trade. Comprar e vender no mesmo dia, sem alocar capital e ganhar um dinheiro. Show hein!

Esquecem que este é um jogo global. Não é como negociar um imóvel na sua cidade, onde tem poucos compradores e vendedores. Operar no mercado financeiro implica comprar e vender de um investidor estrangeiro – 50% das vezes, pelo menos. Sua contraparte pode ser um gestor com bilhões de USD, formado em Harvard, com 30 anos de experiência, equipamentos e pessoas que custam milhões de dólares por mês só para ajudar a tomar decisões. Qual a chance de você, consistentemente, estar certo e ele errado?

Além disso, você já parou para pensar o quanto o day trade gera de receita para a corretora? E para a Bolsa, mesmo com taxas reduzidas?

Todos conhecemos ou já ouvimos falar de grandes investidores estrangeiros como Warren Buffet – o mais manjado –, George Soros, Nassim Taleb e Ray Dalio, ou nacionais como Luis Stuhlberger, Rogério Xavier, Luiz Barsi e Luiz Alves Paes de Barros, por exemplo. NENHUM deve sua fortuna ao day trade? Agora, diga o nome de um grande investidor que fez sua fortuna no day trade.

Day trade é impossível? Claro que não. Mas exige dedicação exclusiva e um bom aparato para ajudar a operar. É necessário mais que um robô com algoritmos vendido por assinatura no varejo para operar. E também exige mais do que seguir aquele midas do day trade que acerta algumas vezes, mostra um resultado bacana impossível de auditar e começa a vender cursos de day trade.

Já existem números no Brasil sobre day trade. O valor econômico divulgou em março deste ano um estudo mostrando que só 13 pessoas de 19.696 day traders conseguiram ganhar mais que R$ 300 por dia, em média. Ou seja, 0,066% dos investidores.

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