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Ayrton Senna, Capital Social e Legado

          Tenho 43 anos. Geralmente escrevo sobre mercado financeiro. Hoje, quero escrever um pouco sobre o legado de Ayrton Senna. Oportuno, por estarmos no mês de aniversário da Independência do Brasil.

          Em 1994, ano da trágica morte de Ayrton Senna, eu tinha 17 anos. Todos os domingos acordava cedo, para junto com a família, assistir aos Grandes Prêmios da F1. Na verdade, acordava para me deliciar, prestigiar, admirar Ayrton Senna. Um brasileiro fora de série!!! Em todos os sentidos. Esta paixão pela F1 começou com Senna e terminou com a morte dele.

          Senna era um obstinado, perfeccionista, amava o que fazia, amava a competição – especialmente com Alain Prost. Ele mesmo revelou que o sucesso que teve nas pistas se deve especialmente ao seu grande rival. Um puxava o outro para cima. Se um não existisse, o outro não teria razão para tentar melhorar.

      Recentemente, assisti o documentário “Senna: O Brasileiro. O Herói. O Campeão”. Me emocionei novamente com a história dele e especialmente com a cena do acidente. Lembrei da primeira vez que Senna ganhou o Grande Prêmio do Brasil, em 24 de março de 1991, com extrema dificuldade em função dos problemas no carro. Ganhou, e ainda dentro do carro pegou a bandeira do Brasil e a levantou com muito orgulho. Acima de tudo, Senna se orgulhava do Brasil. Um país que naquela época enfrentava problemas
imensamente mais difíceis que hoje.

          Um ano antes daquele Grande Prêmio do Brasil, em 16 de março de 1990, foi lançado o Plano Collor I, pela então Ministra Zélia Cardoso de Mello, que sequestrou o dinheiro dos brasileiros, com uma remuneração ridícula, inclusive recursos da Poupança – geralmente pequenos depósitos de pessoas mais humildes. Obviamente, esta medida e as demais, como o congelamento de preços e salários, não geraram nenhum resultado positivo, e deixaram traumas em brasileiros até hoje.

          Apesar disso e de tantos outros problemas, Senna se orgulhava do Brasil. Não sentia vergonha. Sabia que era o seu país, com todos os seus problemas, e que deveria respeitar e valorizar a nossa terra e nosso povo, mesmo em meio a todas as desgraças, pobreza e problemas da época. Se hoje somos atrasados, em 1990 estávamos no meio de crises econômicas e inflação crônica que já duravam vários anos entre outros problemas.

          Mais do que isto, Senna investia no desenvolvimento do seu país. Seus feitos, seu respeito, suas ações sociais foram imensos, e se perpetuam até hoje, e com certeza continuarão por muitas décadas. Ele teve especial atenção às crianças necessitadas. Sempre com sigilo, sem buscar holofotes, doou boa parcela do seu patrimônio financeiro para causas sociais. Estas ações em vida inspiraram, talvez, a criação do seu maior legado, o Instituto Ayrton Senna, fundado por sua família após seu falecimento, que possui atuação destacada no desenvolvimento de crianças e jovens até hoje. Milhões de crianças tiveram acesso a melhores oportunidades em função do legado daquele que foi um dos maiores pilotos da história, uma inspiração para todos e uma grande pessoa.

          Senna é a prova que o Brasil poder ser cada vez melhor. Se esforçou muito para atingir o ápice da carreira que amava. Como resultado do seu esforço, chegou lá. Como consequência de chegar lá, ganhou muito dinheiro – capital financeiro. Faleceu talvez no ápice da sua carreira e fazendo o que amava. E, mesmo muito jovem, utilizou seu nome e seu dinheiro para investir no desenvolvimento do capital social, o qual até hoje é um pilar importante na perpetuar do legado familiar.

          Seu legado ultrapassou profundamente as fronteiras das pistas de corrida. Serve como motivação e inspiração para crianças, empreendedores, famílias e para todos os brasileiros.

          Se você tem preocupação em investir em seu Capital Social e perpetuar seu Legado Familiar, procure alguém que está Ao Seu Lado para lhe ajudar.