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ESG: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA SIGLA DA MODA

     Essas três letras podem até ser uma novidade, mas as ambições e motivações por detrás delas não vêm de hoje. O interesse pela temática ESG, tanto pelos investidores quanto pelas empresas, vem movimentando a indústria dos investimentos para uma nova realidade.

     Empresas com boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, Environmental, Social and Corporate Governance) são uma tendência mundial e vêm ganhando notoriedade também no mercado brasileiro.

     Valores e critérios éticos, preocupação com o meio ambiente e um futuro mais sustentável são conceitos que estão indo além da “comunidade natureba” e ativistas ambientais, e vem ganhando espaço cada vez mais relevante no mercado financeiro e corporativo, trazendo à tona questões de bem-estar social e ambiental que refletem diretamente nos resultados das empresas.

     Os três grandes pilares que norteiam as políticas ESG são:

E: Fatores relacionados à responsabilidade ambiental e sustentabilidade com que a empresa desempenha suas principais operações, como uso de recursos naturais, destinação e tratamento de resíduos, poluição, emissão de gases e eficiência energética;

S: Fatores de bem-estar sociais e políticos, abrangendo desde os colaboradores diretos da empresa até a sociedade na qual ela está inserida e a qual sua atividade impacta diretamente, considerando aspectos trabalhistas, direitos humanos, inclusão e diversidade;

G: É a governança corporativa da empresa, a maneira como esta conduz sua administração e arca com suas responsabilidades perante os sócios, investidores e todos os demais stakeholders, desde auditorias, remuneração de seus executivos e questões fiscais, éticas e de transparência de informações;

     ESG é muito mais do que meio ambiente. Este é somente um dos tripés da sigla. Mais do que uma sigla da moda, ESG já iniciou há muitos anos. No passado, se criaram no Brasil índices de empresas com boas práticas de Governança Corporativa (o IGC, de 2008), índices de empresas com boas práticas de sustentabilidade empresarial (o ISE, de 2005).

     Esses três critérios de avaliação podem ter pesos diferentes dependendo do ramo de atuação de cada empresa. Não se pode dar a mesma relevância ao “E” para uma empresa do setor de energia e para uma empresa de tecnologia, por exemplo. É preciso identificar e destacar quais fatores ESG são mais relevantes para cada setor.

     Mercado com mais de US$ 30 trilhões de ativos sustentáveis a nível global (Morningstar), sendo mais da metade só na Europa, a busca por investimentos responsáveis tem se mostrado uma forte opção de investimento geradora de alfa (retorno acima do mercado).

    Atrair recursos de investidores socialmente conscientes entrou no radar grandes gestores, como BlackRock, e no Brasil, XP, JGP e Constellation. Em recente participação num webinar sobre análise de mercado, Florian Bartunek, CIO da Constellation, reforçou que mais importante que o que fazer ou por que fazer, as empresas devem se preocupar com o COMO fazer, em estar do lado da solução, e não serem parte do problema.

     Em resumo, o termo ESG nada mais é do que  a consolidação de vários critérios para avaliação de empresas, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras. As informações são divulgadas no mercado de maneira formal (relatórios e informes) ou informal (notícias, entrevistas, denúncias), e a avaliação ainda pode contar com o auxílio de outros índices globais, como o MSCI.

     Ao investidores que desejam direcionar parte de seus recursos para empresas aderentes aos princípios ESG, temos algumas opções no mercado, seja comprando diretamente ações dessa empresas, fundos passivos de índices (ETFs) ou fundos ativos ESG (ações e multimercados).

     A busca por transparência, fundamentos qualitativos no processo de decisão de investimento e mitigação do risco vem ao encontro de estratégias que buscam preservar a natureza, mas sempre visando o lucro, de maneira a garantir a sustentabilidade do negócio no longo prazo, mostrando que empresas que não se adaptarem às novas demandas do mercado ficarão para trás.

     Conte com profissionais qualificados e isentos para lhe orientar e conhecer mais sobre este mercado, conte com quem está Ao Seu Lado!