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GESTOR DE PATRIMÔNIO VS. GRANDES BANCOS: QUAL VOCÊ DEVE ESCOLHER?​


Traduzido e adaptado por Marcos Fritzen*,
em 08/08/2019

Quando se trata de decidir quem o ajudará a administrar seu patrimônio e a poupança para a aposentadoria, você tem duas opções principais: um grande banco ou corretora (Instituição Financeira) ou um gestor de patrimônio. Como você pode tomar a melhor decisão para você?

O primeiro passo é bloquear fatores que realmente não importam, como publicidade. Os grandes bancos tendem a gastar muito dinheiro em publicidade para tentar conquistar novos clientes. No entanto, nem o número de comerciais de televisão transmitidos nem a quantidade de dinheiro gasto em publicidade é uma indicação de quão bem um grande banco fará para ajudá-lo a gerenciar seu patrimônio.

Tendências recentes em Gestores de Patrimônio vs. Instituições Financeiras

Nos últimos anos, tem havido uma tendência de muitos indivíduos se afastarem das instituições financeiras para trabalhar com gestores de patrimônio nos Estados Unidos.

De acordo com o Aite Group, uma empresa de pesquisa sediada em Boston, Estados Unidos, o canal independente de Gestores de Patrimônio é o único canal na indústria a aumentar sua participação no mercado desde a crise financeira. Atualmente, presta serviços para mais de 35 milhões de pessoas.

Vendas vs. Excelência no Serviço

Ao comparar as instituições financeiras e os Gestores de Patrimônio, uma das primeiras coisas que você perceberá é a forte cultura de vendas existente no primeiro ambiente. As vendas são geralmente enfatizadas nos grandes bancos porque o preço das suas ações depende de vendas e receitas crescentes. Um exemplo dessa cultura de vendas é o escândalo que surgiu no banco americano Wells Fargo em 2016, quando foi revelado que alguns dos vendedores do banco usavam táticas desonestas para tentar aumentar seus números de vendas. No Brasil, táticas de venda também são usadas, especialmente para colocar produtos que sejam mais interessantes para a melhora dos resultados das instituições financeiras.

Por outro lado, os Gestores de Patrimônio geralmente têm mais cultura de family office ou de boutique e são mais focados em ajudar no relacionamento com clientes do que em atingir números de vendas. Na maior parte dos Gestores de Patrimônio, há uma equipe de profissionais que se dedica a ajudar os clientes a cumprir seus objetivos de planejamento de investimentos e aposentadoria, enquanto há um número limitado de pessoas em grandes bancos que auxiliam nesta tarefa com os clientes.

Padrão Fiduciário (Confiança) vs. Padrão de Adequação ao Risco (Suitability)

Uma possível distinção principal entre instituições financeiras e Gestores de Patrimônio pode ser a aplicação do padrão fiduciário. Como fiduciário, um Gestor de Patrimônio tem a obrigação legal de fazer recomendações de investimento que sejam de seu interesse. Isso elimina os conflitos de interesse que podem surgir devido a possíveis sugestões de investimentos que aumentam sua remuneração em função de mais altos comissionamentos.

Por outro lado, as instituições financeiras não operam no padrão fiduciário. Em vez disso, eles trabalham em padrões de suitability, menos rigorosos do que o padrão fiduciário em termos da obrigação de fazer recomendações que sejam de seu interesse. De acordo com o padrão de adequação, o conselho de um profissional deve ser “adequado” para suas necessidades naquele momento específico, mas não necessariamente alinhado aos seus interesses e planos. E, na essência, todo padrão de suitability resume as individualidades entre 3 a 5 padrões de tolerância a riscos. Atualmente, no Brasil, a maior plataforma de investimentos aberta, em suas regras de suitability, divide todos os investidores em Conservador (aquele que não quer perder capital principal), Moderado (aquele que somente não pode alavancar, o resto pode fazer tudo) e Agressivo (aquele que inclusive alavanca seu patrimônio e topa perder mais do que tem). Infelizmente, este é um padrão recorrente entre as instituições financeiras, que encaram a Suitability (ou API em português), apenas como um processo burocrático para atender norma e para evitar processos do investidor. Perdem uma grande chance de realmente usar tal ferramenta para conhecer o investidor e seu perfil.

Isso pode levar a conflitos de interesses nos quais se faz recomendações de investimentos que não são necessariamente do seu melhor interesse, mas resultam em mais compensação para o profissional. Como investidor, você deve saber a qual norma seu corretor ou consultor é mantido. No Brasil, é importante você entender o papel do Agente Autônomo (ou Assessor de Investimentos, já que não podem utilizar a expressão Consultor) e do Consultor ou Gestor de Patrimônio.

Eliminando Equívocos

Há também alguns equívocos dos quais você deve estar ciente ao comparar instituições financeiras e os Gestores de Patrimônio. Um dos maiores é que os grandes bancos geralmente são vistos como tendo mais recursos. Muitas vezes, isso não é verdade – a maioria dos Gestores de Patrimônio tem acesso aos mesmos recursos que as instituições financeiras, proporcionando maiores serviços personalizados com uma flexibilidade potencialmente maior devido à sua natural arquitetura aberta.

Muitas vezes, as empresas de Gestão de Patrimônio escolhem lidar internamente com seus esforços de pesquisa e devida diligência devido à especialização que empregam, ao passo que os consultores associados a um grande banco podem depender do escritório “doméstico” para a direção do investimento. Ao terceirizar esse componente importante, o consultor pode não ter conhecimento de quaisquer conflitos ou relacionamentos em potencial que possam orientar a tomada de decisões da equipe de investimento do escritório central. Eles também podem ser persuadidos a usar produtos de investimento proprietários que podem ou não ser a melhor opção disponível.

Por vezes, é mais difícil para os grandes bancos ficarem “fora da caixa” nos seus conselhos de investimento, porque não querem que os seus conselheiros trabalhem em coisas que são demasiado complexas e cometam erros. Gestores de Patrimônio tem mais autonomia para pensar fora da caixa.

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O serviço é rei

Para a maioria dos investidores, o principal fator de distinção entre instituições financeiras e Gestores de Patrimônio é o modelo de serviço. A maioria dos Gestores de Patrimônio tem uma abordagem baseada em equipe para o serviço ao cliente, em vez de uma abordagem baseada em vendas, enquanto os grandes bancos geralmente têm uma forte cultura de vendas, onde as metas e cotas de vendas são fortemente enfatizadas.

Como Gestor de Patrimônio a SameSide está focada principalmente em fornecer serviços excepcionais aos nossos clientes e ajudar os clientes a atingir suas metas de planejamento de investimentos e aposentadoria. Além disso, somos mantidos no padrão fiduciário para que você possa sempre ter certeza de que as orientações de que fazemos são de seu interesse e não há conflitos de interesse nessas recomendações.

Entre em contato conosco se tiver mais dúvidas sobre como escolher um Gestor para seu Patrimônio.


*Traduzido e adaptado por Marcos Fritzen. Original produzido por Bobby Moyer, CFA, CFP®, CAIA (http://blog.acgworldwide.com/registered-investment-advisor-vs-big-bank-which-should-you-choose).

 

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