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TABELA PERIÓDICA
PRIMEIRO SEMESTRE/2021

      Decorrido o primeiro semestre de 2021, até agora, o comportamento das classes de ativos refletiu a perspectiva que vislumbramos na nossa carta de 2020 (https://aoseulado.com.br/tabela-periodica-sameside-carta-de-2020/).

      A despeito dos contratempos gerados (i) pela intervenção do Presidente Bolsonaro na Petrobras em fevereiro, e (ii) pela forte segunda onda do Covid no Brasil, entre março e abril, que gerou queda da Bolsa e aumento do dólar em função de um movimento de aversão a risco temporário, as boas notícias referentes ao avanço da vacinação, ao baixo impacto da segunda onda sobre a economia, ao avanço de reformas estruturais, melhora substancial das contas públicas e aumento da SELIC para conter a inflação recompôs o bom humor do mercado financeiro. Nos Estados Unidos, o movimento também foi de valorização no primeiro semestre.

        Com isto, encerramos o semestre com valorização de 10% no S&P 500 (já em reais), 6,5% no Ibovespa e queda de 3,7% no preço do Dólar, que encerrou o semestre em R$ 4,97.

        O CDI ainda teve rendimento baixo no semestre, de 1,3%. Mas em função das altas da SELIC desde março, o CDI está subindo e já espera-se que rode entre 6,5% a 8% ao ano em 2022. O mercado de títulos privados seguiu valorizando, com rendimento de 3,1% no semestre, bem acima do CDI. Da mesma forma, os fundos multimercado apresentaram bom desempenho, com retorno acumulado de 3,3% no semestre.

        Na lanterna dos investimentos estão os fundos imobiliários, que amargaram queda de -4% no semestre, em função do aumento da vacância no segmento corporativo e da alta da taxa de juros. Apesar do IPCA superior a 3,5% no período, os títulos públicos lastreados em IPCA apresentaram retorno negativo, de 0,7%, em função, também, da alta dos juros, assim como os títulos prefixados, que caíram 1,6% no semestre.

        Recentemente, aumentaram as notícias de cunho político contra o Presidente Bolsonaro. Salvo isto implique em eventual impeachment, novas intervenções do Presidente ou paralisação das reformas econômicas, não acreditamos que estas notícias possam pesar muito sobre os preços dos ativos. No segundo semestre, devemos continuar a ter boas notícias econômicas e corporativas. O grande risco nos parece residir nas notícias sobre em eventual aumento de juros nos Estados Unidos mais cedo do que se espera. Por enquanto, segue o jogo. E as chances de bolhas em alguns preços aumentam a cada dia.

        Apesar do mar estar calmo, é certo que em breve devemos voltar a ter tempestades. Por isto, não coloque seu patrimônio em uma única classe de ativos. Procure alguém que esteja Ao Seu Lado para ajudar a diversificar seus investimentos em classes de ativos de acordo com sua tolerância a riscos.