Abril foi o primeiro mês depois do furacão e, como é bastante comum em crises, os mercados de risco tiveram uma boa recuperação.

A Bolsa no Brasil subiu 10,3%. No entanto, segue liderando as perdas no ano, com -30%.

Apesar dessa melhora, o Dólar seguiu seu caminho de valorização e subiu mais 4,4% em abril. Acumula, assim, 35% de valorização em 2020, liderando as classes de investimento.

Crédito privado, uma das grandes surpresas de desvalorização nesta crise (surpresa porque em outras crises não caiu tanto quanto nesta) melhorou um pouco também em abril, mas mantém queda de 3,6% no ano.

Queremos mostrar aqui o poder do juro composto. Quem acompanha nossas Tabelas Periódicas, sugiro voltar para a nossa publicação de fechamento de 2019, no link https://aoseulado.com.br/veja-a-tabela-sameside-dos-retornos-de-classes-de-investimentos-dez-2019/ .

Naquela publicação, o desempenho acumulado do Dólar desde 2011 era de 142%, pouco acima do CDI, com 132%. E era o 3º pior desempenho em 10 anos.

Decorridos 4 meses de 2020, e incorporando os 35% de alta neste ano, o Dólar acumula 225% de alta, e passou a ser a segunda melhor rentabilidade acumulada desde 2011, perdendo somente para o investimento em Ações nos Estados Unidos.  Desempenho melhor que todas as classes de ativos no Brasil desde 2011.

Não sabemos para que lado o Dólar irá nos próximos meses. Mas temos convicção da importância da diversificação. Em especial, temos convicção da importância da diversificação internacional, para planejamento e proteção patrimonial, diversificação de investimentos e redução de riscos (hedge de gastos dolarizados que temos como viagens). Se você não tem parte de seu patrimônio em moedas fortes, recomendamos que tenha um pedaço, independente do preço. Se você já tem, sempre reavalie se faz sentido aumentar ou reduzir face a sua estratégia.