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Veja a Tabela SameSide dos Retornos de classes de Investimentos

          Em agosto, os mercados globais seguiram a trajetória de alta. O S&P 500, principal índice de ações nos Estados Unidos, subiu 7%, registrando novos topos históricos e a maior alta para o mês de agosto desde 1986. O S&P 500 já está com rendimento positivo no ano. Nos Estados Unidos a crise na bolsa parece que já ficou no retrovisor. Como o Real voltou a se desvalorizar, em Reais o investimento em ações nos Estados Unidos registrou alta de 12,5% no mês e no ano sobe 47%.

          No Brasil,  vários ruídos políticos e econômicos, incluindo a “enésima” vez que a imprensa demitiu o Ministro Paulo Guedes, desta vez motivada pela saída de 2 secretários, o Real voltou a desvalorizar 5,2% no mês, negociando novamente acima de R$ 5,60. A bolsa voltou a apresentar queda, de 3,4%, bem como as taxas de juros prefixadas voltaram a subir, fazendo com que o rendimento dos títulos do Governo Prefixados e indexados à inflação fosse negativo.

          Neste momento, o CDI está fora de moda. Os investidores cada vez mais procuram ativos de risco, como ações e fundos imobiliários. Muita gente com dicas de como investir com o CDI a 2%. Poucos lembram que a 5 meses atrás estavam em pânico quando a bolsa chegou a cair mais de 40%, e assim voltamos ao modo “o céu é o limite”.

          Dezenas de empresas vindo a mercado tentando vender suas ações para investidores (IPO) ávidos por novidades. Afinal, comprar empresas antigas e baratas está fora de moda, tanto quanto o CDI.  Como escreveu o Faria Lima Elevator nas redes sociais recentemente: “É curioso como o novo investidor não quer uma tese de investimento. Ele quer uma história bem contada e um herói para admirar. Nesse momento, Kotler (o pai do marketing) vence Damodaran (o pai do valuation)”.

          Apesar desta euforia, o desempenho das classes dos ativos ainda nos mostra que os ativos de risco estão com rentabilidade ruim no ano, especialmente fundos imobiliários (-13%) e ações brasileiras (-14,1%).

          É importante lembrar aqui que o mercado já está precificando que em breve o CDI volta a subir. Talvez tenhamos que conviver mais 12 a 18 meses com este CDI entre 2 e 3%. Mais do que isso não, pois é o que as taxas embutidas nos juros futuros negociados na B3 mostram. Veja no gráfico abaixo que em 2022 a taxa já está valendo 5,6% ao ano e a partir de 2023 já negocia em patamares próximos a 8%.

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Fonte: B3, data da cotação 31/08/2020.

          Cuidado com a euforia. Não coloque todo seu patrimônio em ativos de risco, só porque a taxa atual está baixa. Em breve, isto muda. Trabalhe com uma cesta de produtos e riscos, estruturados através de um asset allocation pensado para você, que resulte em uma política de investimentos moldada para a sua tolerância a riscos. E procure navegar nestes mares com alguém esteja Ao Seu Lado.