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Alocação Estratégica e Tática: Qual a diferença?

          Semana passada publicamos um texto no qual fizemos diversos questionamentos sobre o momento certo de entrada e saída nos ativos, o que no mercado financeiro é conhecido por “timing” de compra e venda. Ao final, destacamos que em nossa filosofia de gestão de patrimônio, a definição do perfil do investidor e sua correta alocação estratégica são mais importantes para o sucesso da carteira do que acertar pontos de compra e venda. Durante o processo de educação financeira dos clientes surgem diversas perguntas relacionadas ao tema, como: Então vocês definem uma alocação estratégica e nunca mais mudam? E se vocês entenderem que a bolsa caiu demais vocês não compram? Ao contrário, se estiver cara vocês não vendem? Para responder estas e outras perguntas se faz necessário conceituar o que é alocação estratégica e o que é alocação tática.

          Quando começamos a atender um cliente, o primeiro passo é conhecer o seu perfil. Isto significa que usamos uma metodologia para identificar, entre outras coisas, qual o nível de risco que este cliente suporta, qual o tamanho da liquidez que ele precisa, qual a sua situação familiar, qual a previsão de aposentadoria, etc. Fundamentados nestas informações, sugerimos uma alocação estratégica para a carteira do cliente, por exemplo, 20% em liquidez, 50% em crédito privado, 15% em multimercados e 15% em bolsa. Isto significa, em outras palavras, definir a estratégia geral do jogo, se vamos entrar em campo para jogar agressivamente em busca do “Touchdown” ou se vamos apenas nos defender e esperar o tempo passar.

          Entretanto, o cenário é bastante dinâmico e algumas vezes nos apresenta oportunidades. Sendo assim, ao definirmos a alocação estratégica do cliente, baseados nos mesmos fundamentos, também definimos uma banda de atuação para a gestão. Por exemplo, no caso acima definimos que o cliente teria 15% de sua carteira em bolsa. Podemos agregar à esta definição uma banda de atuação de 5% para mais ou para menos, sendo assim a posição poderia variar entre 10% e 20%, conforme o mercado proporcione oportunidades. Esta alocação temporária fora dos parâmetros da alocação estratégica, mas dentro da banda de atuação, chamamos de alocação tática. Mais uma vez, por analogia, mesmo que tenhamos definido uma postura defensiva no jogo, caso apareça a possibilidade de chutarmos à gol e marcarmos pontos podemos aproveitar a situação.

          A este conjunto de alocação estratégica e tática dá-se o nome de política de investimentos. Além destes parâmetros, pode-se definir também nesta política alguns vetos, limites de exposição para determinados ativos, emissores, riscos, entre outros. Uma boa análise do perfil do investidor, somada à uma política de investimentos que traduza fielmente este perfil, são a chave para o sucesso na gestão de patrimônio. Este processo é trabalhoso, requer muito conhecimento, disciplina e alinhamento de interesses com o cliente. Sendo assim, procure um profissional que jogue Ao Seu Lado para lhe ajudar na gestão do seu patrimônio.