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O Dilema da Redes no Mundo Financeiro

       O documentário o Dilema das Redes, disponibilizado aos assinantes da rede Netflix em 2020, evidencia aquilo que de certa forma todos já sabíamos: se eu não pago pelo produto ou serviço, logo, eu sou o produto ou serviço. Se você já assistiu o documentário, certamente você é um assinante da Netflix, hoje a maior rede de filmes, vídeos e documentários do mundo.

       Há uma diferença de modelo de negócio essencial entre a rede Netflix e as redes retratadas pelo documentário: na Netflix, você paga uma mensalidade para ter uma biblioteca com milhões de alternativas de entretenimento, sem qualquer moléstia de anunciantes. Nas demais redes, a cada instante você é molestado por anunciantes visando divulgar seus produtos e serviços. Todos já perceberam que basta uma procura pela palavra “perfume” no buscador do Google e, assim que entra em alguma rede social, começam a aparecer recomendações de perfumes, de lojas de perfumes, entre outros. Ou seja, seus dados estão compartilhados entre, talvez, milhares ou milhões de anunciantes nestas redes.

       Mas há uma semelhança grande entre os dois tipos de redes: todas elas utilizam algoritmos para lhe sugerir conteúdo de acordo com as suas preferências. Ou seja, quanto mais você prefere algo, mais lhe sugerem este algo.

       No mundo financeiro, até pouco tempo atrás, o “modelo Netflix” de cuidar do patrimônio era praticamente inexistente, restrito a famílias com muitas dezenas ou centenas de milhões de reais para cuidar. Às demais famílias, restava apenas o “modelo Facebook, Instagram, Youtube”, ou seja, o modelo “gratuito”, onde você é o produto. Este modelo ainda é o principal, vigente nos bancos e nos Agentes Autônomos de Investimentos.

       Não à toa, as grandes famílias, há muito tempo, trocaram o modelo para o de gestão de patrimônio paga. E no primeiro mundo, especialmente Estados Unidos e Europa, este é o principal modelo de trabalho. As famílias com muito patrimônio já entenderam que é melhor pagar pelo serviço, para evitar que elas ou o seu patrimônio sejam o “produto”. No Brasil, este modelo começou a ganhar mais tração em 2020, com diversas plataformas de custódia e distribuição de produtos se adaptando para atender este modelo de trabalho, como a própria XP Investimentos, a Warren Brasil, a RB Investimentos e tantas outras. Enquanto isto, os bancos seguem trabalhando no mesmo formato e se recusam a participar deste novo mercado, onde gestores totalmente independentes, sem conflitos, passam a auxiliar seus clientes na jornada de gestão do seu patrimônio.

       Segundo a pesquisa Confiança: a próxima Geração, conduzida pelo renomado instituto CFA Institute, o principal atributo de um investidor ao contratar um advisor financeiro é a confiança de que o profissional buscará atuar no meu melhor interesse. Outro estudo conduzido pela consultoria global Accenture, em 2017, mostra que os principais objetivos das famílias são (i) se aposentar confortavelmente e (ii) ter certeza que seu dinheiro está seguro. Assim, você teria confiança de que alguém que recebe uma comissão pela transação que você faz hoje, comprando um CDB, uma debênture, uma Ação, realmente está atuando no seu melhor interesse visando seus objetivos de aposentadoria – longo prazo e de segurança do dinheiro?

       Ao cuidar do seu patrimônio, procure alguém que esteja Ao Seu Lado, oferecendo modelos de serviço e produtos alinhados aos seus interesses e objetivos de longo prazo.